Na trag�dia em S�o Paulo-SP, o�final do seq�estro de duas adolescentes nos faz refletir sobre um mal que pouco se discute em escolas e em muitos lares: o comportamento patol�gico.
N�o que se pudesse prever o desfecho desse epis�dio, da maneira como ocorreu. Todavia, a demonstra�o do ci�me desmedido e o sentimento de posse sobre o outro, ainda que depois de um rompimento, j� denotam um car�ter a ser observado.
Muitas pessoas precisam de apoio psicol�gico e n�o se d�o conta disso. O pior � que, via de regra, seus c�rculos familiar, de amizade ou de trabalho tampouco percebem o alerta.
Todas as vezes que essas trag�dias irrevers�veis ocorrem, ficamos tentando encontrar onde houve a falha. Em que ponto o descontrole se instalou? Poderia ter sido diferente? Que alternativas havia?
Sexta-feira, quando acompanhava pela TV a investida da pol�cia de S�o Paulo para libertar aquelas meninas do c�rcere privado, emocionei-me de forma incontida, mesmo antes de saber que o final n�o fora feliz. Em um curto espa�o de tempo pensei: est�o fora do dom�nio obsessivo de um jovem descontrolado.
Agora, leio a not�cia da morte cerebral de uma delas. Lamento profundamente, n�o me afastando da hip�tese que levantei no in�cio desse "post". Ainda que familiares e amigos do causador dessa trag�dia digam que ele era uma pessoa calma e alegre, na verdade - de um ou outro depoimento de algumas pessoas at� aqui ouvidas - se pode inferir que o mesmo j� manifestara agressividade e uma certa obsess�o sobre a adolescente que tinha apenas 2/3 de sua idade.
Faz-se necess�rio lembrar a pais e educadores que a vida � cheia de possibilidades, na mesma propor�o de limita�es. O respeito humano � fundamental em qualquer rela�o que venha a ser estabelecida, valendo aquela m�xima de que "o seu direito termina no exato ponto onde come�a o do outro". Esta � a primeira regra de inviolabilidade do direito alheio.
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